Razão Operacional

Significado da relação operacional

A Razão Operacional refere-se a uma métrica usada por uma empresa para determinar o quão eficiente é a gestão de uma empresa em manter os custos operacionais baixos e, ao mesmo tempo, gerar receitas ou vendas, comparando as despesas operacionais totais de uma empresa com as de suas vendas líquidas

As despesas operacionais totais de uma empresa consistem em dois componentes, principalmente o custo dos produtos vendidos e as despesas operacionais.

  • As despesas operacionais geralmente incluem taxas contábeis e jurídicas, despesas bancárias, custos de vendas e marketing, custos de material de escritório, salários e ordenados, custos de reparo e manutenção, despesas de P&D não capitalizadas.
  • O custo das mercadorias vendidas inclui custos diretos de material, aluguel de planta, mão de obra direta, custos de reparo, etc.

Interpretação da Razão Operacional

Ele é obtido dividindo a soma das despesas operacionais e o custo dos produtos vendidos pelas vendas líquidas.

Razão operacional = (despesas operacionais + custo dos produtos vendidos) / vendas líquidas.

Um índice mais alto indicaria que as despesas são maiores do que a capacidade da empresa de gerar receita suficiente e pode ser considerado ineficiente. Da mesma forma, um índice relativamente baixo seria considerado um bom sinal, pois as despesas da empresa são menores do que as de sua receita.

Exemplo de relação operacional

Vamos calcular a razão operacional da GE para o ano de 2018. Os detalhes são fornecidos no instantâneo.

Você pode baixar este modelo de índice operacional aqui - Modelo de índice operacional

Fonte: Relatório Anual GE

Use os seguintes dados -

  • Custo dos produtos vendidos = Custo dos produtos e custo dos serviços (63116 + 29555) = 92671
  • Despesas operacionais totais = despesas com vendas, gerais e administrativas (18111) + Outros custos e despesas (464) = 18575
  • Vendas líquidas = 121615

Portanto, o cálculo pode ser feito da seguinte forma -

Razão operacional = (despesas operacionais + custo dos produtos vendidos) / vendas líquidas

  • = (18575 + 92761) / 121615
  • = 0,914739

Vantagens da relação operacional

  • Métrica Financeira para Avaliação de Negócios: serve como um facilitador essencial da análise de índice por ter que comparar as despesas do negócio com as receitas e, assim, servir como uma ferramenta necessária de avaliação financeira para entender a saúde da empresa.
  • Facilita a Análise de Séries Temporais: Por servir como métrica para medir a capacidade operacional de uma empresa, esse índice tende a facilitar também a análise de séries temporais de períodos extraordinários da mesma empresa. Dessa forma, pode-se entender se uma empresa se saiu melhor nessa métrica em particular nos anos anteriores, ou se realmente se saiu bem no ano corrente. Dessa forma, uma análise de série temporal de uma empresa pode ser realizada ao longo de um período.
  • Facilita a comparação transversal: essa métrica também ajuda na comparação entre empresas, ajudando a observar a mesma proporção de empresas diferentes. A métrica também pode ser comparada ao benchmark do setor para avaliar e entender se o desempenho está alinhado com o setor e seus pares e para descobrir se há espaço para crescimento e melhoria de desempenho.
  • Serve como Indicador para Demonstrar Eficiência da Gestão: Ao ter que comparar os gastos operacionais de uma empresa com o faturamento, pode-se entender se a empresa é eficiente no gerenciamento de seus gastos. Um índice mais baixo é um bom sinal, ao passo que um índice crescente tende a funcionar como um sinal vermelho, pois indica que as despesas estão aumentando ao longo do tempo e é imperativo manter um controle sobre o mesmo.

Desvantagens da relação operacional

  • Não pode ser considerado no isolamento: torna-se essencial observar que só de olhar para esta medida não se pode julgar a saúde total do negócio. É preciso também olhar para a lucratividade, a atividade e também o índice de alavancagem para avaliar e ter um melhor entendimento do negócio.
  • Não é possível comparar com outras indústrias : uma desvantagem dessa relação é que não se pode comparar a relação com empresas que fazem negócios em outras indústrias, pois isso pode não ser um benchmark adequado. É preciso examinar negócios semelhantes para facilitar a comparação e ter um melhor entendimento do negócio quando olhado de maneira relativa.
  • Não considera a dívida : uma empresa pode continuar a ter uma dívida enorme e os pagamentos de juros geralmente não fazem parte das despesas operacionais do negócio. Portanto, não será de muita utilidade se (estudarmos essa proporção isoladamente). É necessária uma visão holística, considerando também os outros índices geralmente usados ​​na análise de demonstrações financeiras.

Limitações

  • Requer julgamento relativo: são necessários dados comparativos para medir e compreender esta proporção e, assim, julgar o desempenho do negócio, olhando para outras fontes relativas de dados, pois esta proporção em si não pode ser estudada isoladamente
  • Poucos componentes não considerados: Não passa a considerar alguns componentes, como dívida, e os pagamentos de juros subsequentes não fazem parte do numerador como parte das despesas operacionais. Conseqüentemente, a análise pode tender a ser distorcida a tal ponto.

Conclusão

O índice operacional deve servir como uma excelente métrica e ajudar a administração e analistas a entender se a empresa está sendo eficiente o suficiente em ter que administrar todas as suas despesas em relação ao faturamento total da empresa. Semelhante à análise das demonstrações financeiras ao fazer uso de outros índices, essa medida também ajuda no entendimento de séries temporais e análises transversais ao fazer uma comparação de uma empresa ao longo do tempo e também contra ela mesma e até mesmo seus pares.

Embora esta métrica carece em termos de escopo, que não pode ser estudada isoladamente e também pode tender a omitir componentes específicos que não se consideram como os de pagamentos de juros sobre dívidas, o analista deve tomar nota e estar atento a o mesmo. No entanto, ao longo dos anos, essa métrica tem, a seu crédito, o trabalho louvável de ter que servir como um exemplo clássico para medir a eficiência da gestão por entender como ela administra as despesas em detrimento das vendas.